Três pontos de discordância entre a Contraf e Sindicatos e a direção do Banco do Nordeste impedem a conclusão dos entendimentos entre as partes com vistas à implantação definitiva do Ponto Eletrônico em todas as dependências da Instituição.
As divergências referem-se a questões relacionadas à flexibilização da jornada de trabalho, instalação de banco de horas e dispensa do registro eletrônico de ponto para funcionários que não ocupam função de gestão principal.
As discrepâncias vieram à tona na primeira reunião da mesa permanente de negociação de 2016, realizada no último dia 28, no Passaré, em Fortaleza, envolvendo os dirigentes sindicais Gustavo Tabatinga (Contraf), Tomaz de Aquino (CNFBNB e Sindicato dos Bancários do Ceará), Lusemir Carvalho (Seeb PI), Robson Araújo (Seeb PB) e o diretor de TI e Administração do BNB, Isaías Dantas, e assessores.
Outros assuntos de interesse dos funcionários do Banco também foram tratados na ocasião, como por exemplo, a definição do dia 15 de fevereiro deste ano para o início dos trabalhos da Comissão que vai definir as regras para a eleição do Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários.
O fechamento das agências extra regionais do Banco foi colocada pelo diretor Isaías Dantas como decisão irrevogável da Superior Administração dentro de estratégia voltada à aplicação de recursos do FNE em áreas do Polígono das Secas. A determinação mexerá com cerca de 30 funcionários para os quais as entidades sindicais reivindicam tratamento digno quanto à realocação e manutenção de direitos.
PLR – O Sindicato dos Bancários do Ceará, através do diretor Tomaz de Aquino, cobrou explicações sobre o elevado provisionamento para devedores duvidosos do Banco, cujo valor até novembro de 2015 já atingiu elevada cifra em torno de R$ 1 bilhão e 800 milhões. O diretor sindical relacionou o pequeno lucro líquido do Banco até então a esse despropósito de provisões que certamente irão afetar o pagamento da PLR do funcionalismo.
A direção do Banco negou-se a prestar quaisquer esclarecimentos e adiantou que somente através das notas explicativas do balanço de 2015 é que o BNB se posicionará.
Concorrências – Os representantes sindicais reivindicaram do Banco mudança na sistemática de efetivação em comissões conquistadas mediante concorrência, dizendo ser inadmissível que, mesmo após ter cumprido com êxito todas as etapas do processo, o funcionário seja prejudicado pela palavra final do gestor principal de sua unidade de lotação, ao não aceitar sua remoção.
O diretor do BNB comprometeu-se a implantar uma nova sistemática prevendo prazo para a efetivação do comissionamento, ao abrir concorrência em tempo hábil para a vaga por ele deixada.
Os sindicatos entendem que a origem desse problema está na quantidade insuficiente de funcionários, daí terem cobrado mais uma vez a convocação dos aprovados no último concurso. Sobre essa questão, o único compromisso assumido pelos negociadores do BNB foi de que vão defender a prorrogação do concurso vigente, cujo prazo de validade expira em junho deste ano.