A prisão do marqueteiro responsável pelas campanhas do PT para a presidência da República, por receber dinheiro de empresas ligadas a operação Lava-Jato, pode demonstrar o uso de verbas indevidas. Caso os demais partidos que tiveram candidatos à presidência também tivessem seus gastos em campanha investigados, com certeza haveria comprovação de que recursos ilícitos foram usados pela maioria deles, já que os grandes doadores (empreiteiras, bancos) são comuns a todos. A investigação, o julgamento e a punição de quem cometeu crimes deveria servir para inibir novos atos criminosos, ou pelo menos reduzir a sua incidência.
Os políticos e as elites privilegiadas continuam acreditando ser lucrativo virar criminoso no país. Apesar de nos últimos meses termos vistos imagens de empresários e alguns políticos sendo conduzidos para a cadeia, a forma de fazer campanha parece que não vai mudar tão cedo.
Neste ano de eleições municipais, nada de novo parece que vai acontecer. As mesmas promessas e os mesmos discursos serão vendidos no horário eleitoral e nos materiais publicitários, da mesma forma que se vende sabonete ou automóvel. E o pior, se for constatada propaganda enganosa ou desvios de comportamento, não são os eleitores que julgam, são os próprios colegas. Não temos direito a recall.
É preciso mudança na nossas regras eleitorais, com a participação popular modificando o foco dos interesses para beneficiar o povo, e não a classe política. Punições exemplares: é o que merecem estes criminosos que impedem o Brasil de virar uma Nação.
Veja Mais!
Violência contra mulher é física e social
" Só alcançaremos mudanças sociais com a participação ativa das mulheres "