O assédio moral é uma prática inaceitável que causa a degradação das relações de trabalho e o adoecimento dos trabalhadores. É configurado como assédio todo comportamento repetitivo que de humilhe, ofenda, ridicularize, inferiorize, culpabilize, amedronte, puna ou desestabilize emocionalmente os colegas de trabalho.
Durante o trabalho de base, a diretoria do Sindicato tem percebido o aumento dos casos, principalmente nos bancos públicos. Segundo as denúncias recebidas, os assédios acontecem principalmente como forma de pressionar os bancários a atingirem metas, o que demonstra uma descaracterização da finalidade das instituições públicas.
Além da intimidação em reuniões presenciais, instrumentos tecnológicos, como audioconferências e o aplicativo Whatsapp estão sendo utilizados pelos gestores para oprimir os trabalhadores.
A orientação do Sindicato a todos os bancários que estejam sofrendo com o assédio moral é que formalizem a sua denúncia pelo site www.bancarios.com.br, através da sessão “Denuncie Aqui”, ou diretamente pelo e-mail [email protected]. Dessa forma, o caso pode ser comunicado para apuração do banco, conforme está garantido no Acordo Coletivo.
Banco do Brasil
O BB implantou, em janeiro deste ano, a obrigatoriedade do cumprimento do curso à distância de Prevenção e Combate ao Assédio Moral e Sexual como requisito para a participação da concorrência para funções através do sistema Talentos e Oportunidades (TAO). Para a diretora de Cultura e Formação Sindical, e funcionária do BB, Larissa Couto, a aplicação do curso é um avanço, mas não garante o fim dos casos de assédio. “ Apesar de ser uma ação positiva, o curso é apenas um modelo teórico das boas práticas, o que não reflete o comportamento de alguns gestores que induzidos pelo próprio banco ao cumprimento de metas desrespeita os colegas causando sofrimento emocional às vítimas. É importante observar esses casos e denunciar ao Sindicato para encaminhar as ações necessárias”, afirma.