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No auge da pandemia, Caixa convoca 100% da TI para o presencial

Direção do banco está convocando empregados da CEPTI, Cedes e Ciaus, exceto grupo de risco, para o trabalho presencial; Sindicato enviou ofício questionando a medida e alertando para a responsabilização em caso de contaminação decorrente de erros de gestão. Participe do abaixo-assinado pela vida!

A partir desta segunda-feira 5, no pior momento da pandemia de Coronavírus, com média diária de mortos por Covid-19 superando três mil óbitos, a direção da Caixa resolveu convocar todos os empregados de Tecnologia da Informação (TI) – CEPTI, Cedes e Ciaus -, exceto os incluídos no grupo de risco, para retorno ao trabalho presencial.

Para piorar o que já é ruim, a direção do banco nem sequer comunicou os empregados por e-mail, o meio oficial de comunicação na Caixa.

“São Paulo está em fase emergencial pelo menos até o dia 11. No ano passado – com a pandemia em patamar muito menor que o atual, mas com a operação do pagamento do auxílio emergencial a todo vapor, com orçamento de R$ 270 bilhões, maior que os R$ 44 bilhões que serão pagos a partir de amanhã 6, uma vez que o atual valor médio será de apenas R$ 250, contra os R$ 600 do ano passado, fruto da oposição e da luta dos trabalhadores – os empregados da TI foram mantidos em trabalho remoto”, destaca o diretor do Sindicato e empregado da Caixa Dionísio Reis.

Além de cobrar a Vipes e a direção da Caixa em mesa permanente de negociação, o Sindicato enviou ofício ao banco questionando a medida e alertando para a possível responsabilidade civil e criminal da direção em caso de contaminações por Covid-19 decorrentes de erros desnecessários de gestão.

“Não existe justificativa cabível para tamanha sandice. Não respeitam as condições das pessoas. Como que no auge da pandemia, com o perfil de pacientes graves mudando para pessoas cada vez mais jovens, muitas delas sem qualquer comorbidade, a direção do banco convoca todos os empregados de TI para retorno ao trabalho presencial, sendo que podem cumprir seu papel tranquilamente de forma remota? A reestruturação de Pedro Guimarães debilitou a TI da Caixa e, agora, acham que vão resolver expondo os trabalhadores ao risco. Desta forma, a direção do banco, totalmente alinhada ao negacionismo do governo Bolsonaro, de quem cumpre ordens, joga a favor do vírus”, indigna-se Dionísio, acrescentando ainda que a direção da Caixa alega que “somente” 48% dos empregados fora de grupo de risco foram convocados, o que não confere com a apuração do movimento sindical.

O diretor do Sindicato questiona ainda se a medida arbitrária, sem qualquer transparência ou negociação, não seria uma forma de retaliação aos empregados diante da grande mobilização contra o desfalque dado pela direção do banco na PLR Social dos trabalhadores. “Não aceitaremos nem o calote na PLR Social e, muito menos, seremos intimidados pela direção do banco, que brinca com a vida dos empregados”, enfatiza.

Fonte: SP Bancários

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