O plano de reestruturação apresentado pela Caixa, que prevê mudanças na estrutura organizativa da empresa, com redução no número de comissionamentos e alterações em diversos setores, tem preocupado o Sindicato dos Bancários da Bahia, que foi ao superintendente Adelson Prata buscar esclarecimentos.
Em reunião, nesta sexta-feira (11/03), o superintendente disse que até junho a reestruturação estará concentrada nas áreas meio. A partir de julho, as mudanças alcançarão a rede de agências. Questionado, afirmou que não é possível dimensionar o impacto das medidas.
Entre os dias 28 e 30 de março, os superintendentes de todo país se reúnem, em Brasília, para tratar do assunto, que pegou todos de surpresa.
A Caixa, de forma unilateral, em claro desrespeito à mesa de negociação, nem sequer tratou o plano com os sindicatos. Por isso, o SBBA acompanha atentamente o desenrolar da história, inclusive com presença nas reuniões prometidas pelo banco, e prepara mobilização com os empregados contra a retirada de direitos.
Outros problemas
Mais uma vez, e como não podia se diferente, o Sindicato da Bahia cobrou a retomada das contratações. O superintendente Adelson Prata informou que não há autorização para convocações. O SBBA continua a luta na Justiça.
O aumento no número de casos de apuração de responsabilidade, que tem levado bancários a sofrerem processos disciplinares, também foi colocado. O Sindicato pede que o banco faça a distinção e apuração adequada dos casos para evitar injustiças. O superintente disse que o banco tem se preocupado com as diferenciações.
Outro problema é o assédio moral. O SBBA pediu que Adelson Prata conversasse com as equipes e gestores para coibir a prática. Sobre as metas, o superintende afirmou que, apesar de não ter havido aumento significativo, a tendência é que a cobrança cresça por conta da eficiência operacional, com melhoria da qualidade na concessão do crédito.
O Sindicato ressaltou a posição de enfrentar a política agressiva de metas, que tem levado ao adoecimento, sobretudo, no cenário de sobrecarga de trabalho.
Em relação às estruturas físicas das agências, como os recorretes casos de ar-condicionado quebrado, a Superintendência reafirmou a parceria com a entidade na tentativa de equacionar os problemas.
Fonte: Bancários Bahia