O serviço bancário foi colocado como essencial e permanece prestando atendimento presencial à população durante a pandemia. Mesmo assim, a categoria bancária ainda não faz parte do grupo prioritário da fase 4 da imunização.
Com o objetivo de sensibilizar o poder público sobre a urgência da vacinação destes trabalhadores, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realiza, neste sábado (5), uma carreata pelas ruas de Conquista. A concentração ocorre no Bosque da Paquera, às 9h.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no primeiro trimestre de 2021 foram registrados 152 desligamentos por mortes na categoria bancária, alta de 176,4% na comparação com 2020, quando foram feitos 55.
O risco de contaminação é alto, pois os bancários atendem um grande número de pessoas todos os dias. Somente por meio dos serviços prestados por estes trabalhadores é possível garantir o pagamento do Auxílio Emergencial Federal, bem como a disponibilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aposentadorias, pensões, auxílios-doença, entre outros benefícios fundamentais para a manutenção dos recursos de diversas famílias, principalmente as de baixa renda.
Contudo, a demanda de atendimento tem gerado grandes filas e aglomerações, tanto no espaço externo quanto no interior das unidades, resultando em uma ampla exposição dos trabalhadores bancários ao risco de contaminação pelo novo coronavírus e à possibilidade dos bancários se tornarem um vetor de difusão do vírus para a sociedade.
“Estamos organizando uma carreata para chamar a atenção das autoridades locais acerca da importância da vacinação dos bancários, devido ao alto grau de risco de contaminação que possuem as agências bancárias e também por ser um serviço essencial que atende milhares de pessoas todos os dias. Os bancários e bancárias estão expostos e continuam trabalhando os dias para ajudar a manter a economia funcionando, não é justo que as autoridades finjam que não estão vendo tudo o que os bancários vêm enfrentando nesse momento”, considera Leonardo Viana, presidente do Sindicato.