A Petrobras informou que sua diretoria executiva aprovou um Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário com estimativa de participação de até 12 mil empregados, o que representaria um custo para a companhia de R$ 4,4 bilhões com as demissões, segundo comunicado ao mercado nesta sexta-feira (1).
A petroleira afirmou que o objetivo é adequar a força de trabalho às necessidades do Plano deNegócios e Gestão, elevar a produtividade e gerar valor para a companhia, e que há um retorno esperado de R$ 33 bilhões com o plano no período 2016-2020.
Segundo a Petrobras, "o PIDV 2016 foi desenvolvido com base nas premissas de preservação do efetivo necessário à continuidade operacional da companhia e ajuste de pessoal em todas as áreas. O programa é válido para a Petrobras controladora, que hoje conta com 57.046 empregados".
O período de inscrições vai de 11 de abril a 31 de agosto de 2016.
A primeira edição foi lançada em janeiro de 2014 e já teve 6.254 desligamentos. Outros 1.055 empregados inscritos no PIDV 2014 têm previsão de saída até maio de 2017, segundo a Petrobras.
No final de janeiro, atravessando um dos piores momentos de sua história, a Petrobras anunciou que cortaria pelo menos 30% do número de funções gerenciais em áreas não operacionais.Na ocasião, a estatal afirmou que havia cerca de 7,5 mil funções gerenciais aprovadas, das quais 5,3 mil são em áreas não operacionais.
Corte de gerentes
A Petrobras aprovou também uma nova estrutura de gerentes executivos. Segundo a companhia, com o novo modelo de governança, haverá uma diminuição de 43%
nas 5,3 mil funções gerenciais em áreas não operacionais, superando a estimativa inicial de corte de 30%.
Com a redistribuição de atividades e a fusão de áreas, a petroleira prevê uma redução de custos de até R$ 1,8 bilhão por ano.
Prejuízo
A Petrobras teve prejuízo líquido recorde de R$ 34,836 bilhões em 2015. Trata-se do maior prejuízo anual registrado pela companhia, segundo dados da Economatica, superando as perdas de R$ 21,587 bilhões de 2014. A maior parte veio do ajuste, para baixo, no valor dos ativos (reservas, plataformas, campos etc) da companhia.
Além da queda dos preços internacionais do petróleo, o resultado da Petrobras tem sido pressionado pelo alto endividamento. Na comparação com dezembro de 2014, o endividamento líquido aumentou 39% no final do 4° trimestre, para R$ 391,9 bilhões.
Fonte: G1