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A conta do impeachment

No boletim n° 297, de março de 2016, o analista político e diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Antônio Augusto Queiroz, escreve sobre a necessidade da unidade de ação do movimento sindical na luta pela preservação dos direitos e conquistas dos trabalhadores. Para o cientista, mesmo que a presidente se livre do impeachment “o governo sairá enfraquecido desse embate e dificilmente terá condições de turbinar a economia de imediato, nem força política para impedir mudanças na legislação trabalhista e previdenciária. Será obrigado a fazer concessões aos poderes econômico e político em troca de promessa de retomada dos investimentos e apoio no Congresso”.
Caso ocorra o impedimento da presidente Dilma e Michel Temer assuma, entra em cena o programa “Ponte para o Futuro”, do PMDB, que prevê ataque direto aos direitos dos trabalhadores, privatizações do que ainda resta, entre outros projetos que significarão grandes retrocessos nas relações de trabalho.
Segundo Augusto, “a deteriorização das finanças públicas, com a queda de receitas, de um lado, e o aumento de despesas, especialmente com os juros, de outro, serão utilizados como pretexto para o aprofundamento do ajuste, seja qual for o desfecho do processo de impeachment”.
O alerta do diretor do DIAP deve servir para as entidades representativas dos trabalhadores dimensionarem a importância da independência e autonomia em relação ao governo e aos partidos políticos na hora de mobilizar os trabalhadores para lutar por seus direitos. Só assim poderemos barrar os retrocessos que poderão vir – com ou sem Dilma.

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