Trabalhar sem sair de casa pode parecer um sonho para muita gente, mas a realidade está sendo muito diferente para os trabalhadores dos bancos. Colocados no home office devido à pandemia do coronavírus, os bancários viram crescer a cobrança pelo cumprimento de metas cada vez mais abusivas, o desrespeito à jornada de trabalho e as doenças ocupacionais.
A pressão por resultados sempre fez parte da rotina da categoria, mas nós últimos tempos, as metas foram se tornando cada vez mais inalcançáveis e as cobranças mais agressivas. A pandemia tornou a situação ainda pior, pois os bancos continuaram a cobrar o cumprimento das tais metas, mesmo diante das limitações impostas pelo coronavírus.
Aos poucos, o trabalho em home office se tornou um pesadelo, pela falta de condições e equipamentos adequados, o aumento da quantidade de trabalho e o desrespeito constante à jornada. Somam-se a isso, o medo de não progredir na carreira e de ser demitido, em meio à maior crise sanitária e econômica que o país já enfrentou.
O resultado disso tudo, é o aumento do adoecimento dos bancários, seja pelas LER/Dorts, devido à falta de estrutura adequada no home office, ou por doenças psíquicas, ligadas ao estresse e as preocupações geradas pelo excesso de cobranças no trabalho.
A situação preocupa o movimento sindical, que vem buscando formas de garantir os direitos e a saúde dos bancários. Este deve ser um dos temas prioritários para o debate na campanha nacional deste ano.