Os bancários de todo o Brasil realizaram, nesta quarta-feira (1), várias manifestações para marcar o Dia Nacional de Luta em Defesa do Emprego no Itaú. De acordo com o Dieese, desde 2011, o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho. O balanço do banco, referente ao primeiro trimestre de 2016, mostra que a holding encerrou março com 82.871 empregados no país, com redução de 2.902 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015. Foram abertas 74 agências digitais e fechadas 154 agências físicas no país entre março de 2015 e março de 2016, totalizando, ao final do período, 3750 agências físicas e 108 digitais.
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Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e dirigente da Contraf, lembrou que o Itaú está entre os vinte maiores bancos do mundo e mesmo com altos lucros continua a demitir. “Isso é inaceitável, o banco deveria ter um papel mais nobre nesse momento da nossa economia, assegurando o emprego e ajudando o desenvolvimento do País”, critica.
Roupas pretas, marcha fúnebre e cruzes no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic). Esta foi a forma escolhida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, ao lado dos bancários do Itaú, para denunciar e protestar contra as demissões promovidas pelo banco, que afetam sobretudo a Área de Tecnologia (Atec), que passa por uma reestruturação e já demitiu mais de 300 funcionários em apenas três dias.
Reunião com bancários e bancárias da área empresarial da agência 109 marcaram as atividades do Dia Nacional de Luta dos funcionários do Itaú em Londrina. Durante a conversa foram feitos relatos a respeito do elevado número de demissões que o banco vem promovendo em São Paulo, tento com alvo principal trabalhadores da área de tecnologia, decorrente da abertura de agências digitais e do fechamento das unidades tradicionais.
O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) retardou por uma hora a abertura da agência do banco Itaú, localizado na Rua Barão de Melgaço (antiga agência Unibanco, ao lado do Santander). O ato denunciou que o banco tem desrespeitado a Lei Municipal da Fila em Cuiabá (4.069/2001). A falta de funcionários nas agências reflete nas péssimas condições de trabalho e na qualidade de atendimento.
A Lei da Fila em Cuiabá (4.069/2001) impõe às instituições financeiras que o tempo de espera para atendimento dos clientes não deve exceder 20 minutos nos primeiros 15 dias do mês e 25 minutos um dia antes e um dia depois de feriados bancários.
No Dia Nacional de Luta pelo Emprego, o Sindicato dos Bancários de Campinas e Região realizou ato de protesto contra as demissões no Itaú em duas agências instaladas na área central de Campinas: Glicério e Costa Aguiar. Durante a manifestação os diretores do Sindicato distribuíram o jornal Itaunido, edição deste mês de junho, que tem a seguinte manchete: “Mesmo com altos lucros, Itaú não para de demitir”.
O Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio realizou atividade na agência 095, quando foi entregue material informativo aos bancários e bancárias. Em reunião com a unidade, foi denunciado o elevado número de cortes de postos de trabalho efetuados pelo banco campeão em lucros.
O sindicato dos Bancarios de Guarulhos retardou a abertura da agencia 046, a maior agencia da base, para fazer reunião com os bancários e deixar claro que não se aceitará mais demissões em nossa base.
O Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes realizou atividades nas agências de sua base. Diretores do sindicato percorreram as unidades financeiras para conversar com os funcionários e distribuir um informativo sobre os problemas que afetam os trabalhadores da instituição. O principal deles são as constantes demissões sem justas causas, que contradizem com o lucro exorbitante registrado a cada ano pelo Itaú.
Em Rondônia, o protesto foi feito na agência da avenida José de Alencar com Dom Pedro II, no Centro de Porto Velho, com o retardamento do atendimento em duas horas, das 8 às 10. Os dirigentes do Sindicato dos Bancários (SEEB-RO) aproveitaram a oportunidade para destacar ao público a triste notícia de que somente nas últimas semanas, três gerentes (um com 26 anos, outro com 34 anos e a terceira com 29 anos dedicados ao banco) e mais um caixa, foram sumariamente desligados do emprego, todos em Porto Velho.