Não tem tempo ruim para as instituições financeiras que atuam no Brasil. Mesmo com a pandemia e a crise econômica que assolam o país, os cinco maiores bancos lucraram juntos R$ 54,64 bilhões, apenas no primeiro semestre de 2021 – Itaú (R$ 12,94 bi), Bradesco (R$ 12,8 bi), Caixa (R$ 10,8 bi), Banco do Brasil (R$ 10 bi) e Santander (R$ 8,1 bi).
Os resultados do terceiro trimestre serão divulgados até o fim do mês de outubro e devem apontar ganhos ainda mais robustos para os bancos. Do outro lado, a população segue endividada e a inflação corrói o poder de compra dos salários. Mas, isso não é problema dos banqueiros. Na verdade, é mais uma oportunidade de lucrar com empréstimos a juros cada vez mais extorsivos e tarifas também absurdas.
Afinal, os ganhos com tarifas e juros cobrados dos clientes estão entre as principais fontes de lucro para os bancos. Mas, isso não significa a priorização da qualidade do serviço prestado ao público. Ao contrário, nos últimos anos, as instituições financeiras têm apostado nos meios digitais de atendimento, com o fechamento de agências e diminuição do quadro de funcionários.
Os bancários também tem sofrido com esta política, pois sofrem com a pressão pelo cumprimento de metas e são obrigados a atender o número cada vez maior de clientes. Sem a valorização necessária, acabam adoecendo e perdendo o emprego no momento que tem sua capacidade de trabalho impactada. Essa postura não mudou nem mesmo durante a pandemia do coronavírus, quando muitos trabalhadores perderam a saúde ou a vida para a doença.
Fonte: FEEB/BaSe