Pelo menos cinco trabalhadores confirmaram a contaminação até agora
As aglomerações para acessar o serviço bancário do Bradesco não tinha como dar certo. Depois do fechamento de duas agências do Bradesco em Vitória da Conquista, clientes e bancários estão vivendo uma rotina de filas longas e espaço de trabalho insuficiente para as demandas que triplicaram, e que está ainda mais grave nesta semana.
A falta de espaço adequado ocasionou a contaminação de pelo menos cinco bancárias e bancários na agência 270. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região buscou o setor administrativo do banco para verificar se todos os protocolos estavam sendo seguidos após a confirmação dos casos. A agência chegou a ser aberta no começo da manhã e em seguida teve o atendimento ao público suspenso. Ainda não há um indicativo de retorno do atendimento ao público. No dia 28, todas as trabalhadoras e trabalhadores serão testados e a partir disso o banco vai orientar o retorno ou não ao trabalho.
Durante este período sem atendimento ao público também será garantida a sanitização e o respeito ao tempo de incubação do vírus.
O fechamento das agências e a demissão de funcionários têm sido, algumas das práticas do Bradesco para aumentar sua lucratividade, que só no primeiro semestre deste ano já ultrapassou R$12 bilhões. Enquanto isso, bancárias e bancários são submetidos a cobranças de metas desumanas, sem estrutura e profissionais suficientes, com isso, a cada dia clientes têm mais dificuldades de ter um atendimento digno.
“Desde que o banco anunciou o fechamento de duas agências na cidade de Conquista já sabíamos que o resultado seria negativo. Estamos agora com uma agência que não comporta a demanda de atendimento pela qual hoje está responsável. As condições de trabalho para os funcionários e o atendimento aos clientes estão totalmente precarizados, facilitando a disseminação do coronavírus, já que é um ambiente fechado e que não tem permitido manter o distanciamento social recomendado. Já denunciamos todo esse descaso aos órgãos de fiscalização do município e ao Ministério Público. Esperamos que medidas sejam tomadas para obrigar ao banco fornecer condições adequadas para os trabalhadores e usuários do banco.”, destaca Alex Leite, diretor do SEEB/VCR.