O Santander tem avançado na precarização do trabalho bancário. O banco iniciou a implementação do projeto que visa o acúmulo de funções no Rio Grande do Sul e Paraná, e desde o início do mês já expandiu para São Paulo e Minas Gerais.
A instituição, por meio de um comunicado interno, divulgou para os seus funcionários que “o agente comercial deve alavancar os resultados da carteira de pessoa física e de pessoa jurídica e, em dia de pico, vai atuar como caixa”. São aproximadamente 8 mil caixas em todo o país, e neste projeto 10% deles serão escolhidos unilateralmente pela empresa para acumular as novas funções.
A Análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego apontou que só nos primeiros quatros meses deste ano, os bancos Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil foram os principais responsáveis por fechar 3.254 postos de trabalho em todo o país. As demissões e a falta de caixas no Santander já são um problema antigo, e este projeto só demonstra a falta de preocupação do banco com os seus funcionários e clientes que também serão diretamente prejudicados.
“É inaceitável que o trabalhador tenha dupla função. Para o funcionário não é apenas um acúmulo de tarefas, pois este passa a ter dupla responsabilidade e cobrança. Nós, do Sindicato, precisamos cobrar a criação de uma nova função no banco para promover e treinar os trabalhadores, e que isso seja realizado em conjunto com a geração de novos postos de trabalho”, ressalta Sarah Sodré, diretora Representante da Federação.
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