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Petrobras e a privatização

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que apenas a privatização da estatal está descartada no processo de venda de ativos, de acordo com entrevista concedida pelo executivo ao jornal Folha de S. Paulo. Segundo ele, a companhia estuda inclusive o controle compartilhado de subsidiárias como BR Distribuidora e Transpetro.

“Na hipótese de a gente abrir a maior parte do controle, é com cocontrole”, afirmou o executivo. “Não acho que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir, isso sim é dogma, a privatização da Petrobras.”

Com relação especificamente à venda de uma fatia da BR Distribuidora, Parente afirmou ter recebido três propostas e que avalia se a modalidade em que a operação foi escolhida é a que “mais agrega valor para a empresa”. De acordo com ele, outras possibilidades serão analisadas.

Sobre um possível fatiamento da Petrobras, o presidente da estatal afirmou ser “absolutamente contra” o processo. A intenção das operações deve ser, na visão de Parente, discutir qual a velocidade de redução de endividamento da estatal.

O presidente também defendeu uma política de conteúdo nacional que, no entanto, não represente uma reserva de mercado. Quanto ao modelo de partilha, o executivo afirmou que ele é menos favorável para as empresa, mas que entende a questão como “política de governo”.

Com relação aos casos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, Parente criticou a grande autonomia de um grupo de 20 ou 30 “desonestos” que foram escolhidos “deliberadamente para liderar a empresa”. No atual modelo de gestão, afirma o presidente da estatal, as decisões são tomadas em comitês estatutários para evitar que o problema aconteça de novo.

 

Fonte: O Valor Econômico

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