O resultado do lucro dos bancos em 2021, demonstrado pela Economática, reafirma a imoralidade que é a atuação das organizações financeiras, base de sustentação do governo Bolsonaro. Em um ano, os quatro maiores do setor – Bradesco, BB, Itaú e Santander – tiveram lucro líquido recorde de R$ 81,6 bilhões. Salto de 32,5% ante 2020.
Enquanto o país está mergulhado em uma crise sem fim, com cerca de 20 milhões de pessoas passando fome e outras milhões fazendo malabarismo para sobreviver, os bancos seguem na maré mansa e com a ajuda de Bolsonaro, que no início da pandemia liberou R$ 1,2 trilhão ao setor.
Mesmo com a mão amiga do governo, os bancos dificultaram a liberação de crédito às pequenas e médias empresas, demitiram mais de 15 mil trabalhadores, fecharam agências em dois anos de crise sanitária.
Liderança
O Itaú, maior banco privado em operação no Brasil, lidera os ganhos, com lucro de R$ 24,98 bilhões em 2021. O Bradesco vem em seguida, R$ 21,9 bilhões. O terceiro lugar fica com BB, com balanço de R$ 19,7 bilhões. Por fim, aparece o Santander, ganho de R$ 14,98 bilhões.
O ano de 2021 também foi de bonança para os acionistas que receberam R$ 33,4 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). O valor supera os R$ 29,7 bilhões de 2020, mas ficou abaixo dos R$ 33,4 bilhões de 2019. Os números explicam porque o sistema financeiro segue sustentando o governo Bolsonaro.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia