Os financiários aderiram à greve nacional dos bancários em várias cidades do país, nesta quinta e sexta-feira (8 e 9). A decisão foi tomada em assembleias que rejeitaram a proposta da Fenacrefi de reajuste salarial que correspondente a 80% do INPC de 9,83%, referente a junho/2016, mais R$ 1.000 de abono. O índice está muito aquém da reivindicação dos financiários, de reposição da inflação, mais 5% de aumento real.
“Desde a entrega da minuta até esta última rodada de negociação, os financiários não obtiveram avanços nas cláusulas sociais e econômicas. É inadmissível um índice tão baixo, uma vez que o lucro das financeiras se encontra nas alturas. A categoria vai intensificar as mobilizações e dizer aos financiários de todo o país: Só a luta te garante!”, destacou o presidente da Contraf, Roberto von der Osten.
A categoria cruzou os braços em Curitiba, Fortaleza, Londrina, Santo André, São Bernardo do Campo, Santos e Ribeirão Preto, Salvador.
Para Jair Alves dos Santos, diretor da Contraf e coordenador da Comissão de Organização dos Financiários, o movimento só vai crescer até que a bancada patronal nos chame para voltar à mesa de negociação. “Queremos uma proposta que respeite a categoria. Além das cláusulas sociais negadas, o índice proposto pela Fenacrefi foi muito abaixo das reivindicações dos trabalhadores. Sabemos que os bancos lucram e as financeiras lucram o dobro, sem falar na terceirização que está dentro de todas as instituições financeiras.”