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Terceira semana de greve: bancários seguem mobilizados

No último dia 15 as reuniões com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foram suspensas. Em uma ação desrespeitosa, as instituições financeiras insistiram em promover o rebaixamento salarial da categoria, com um reajuste 2,62% abaixo da inflação. Diante da inflexibilidade dos bancos, a única saída para os bancários é a continuidade e intensificação da greve.

No 11º dia de Greve foram 60% das agências sem funcionamento em todo o país.  Isso significa cerca de 12.727 agências e 52 centros administrativos. Na maioria das capitais, 100% das agências ficaram fechadas. Na Bahia, 910 agências estavam sem serviço no último balanço. Já na base do Sindicato dos Bancário de Vitória da Conquista e Região, mais de 80% estiveram paralisadas.

Na semana passada, o movimento grevista dos bancários sofreu ameaças e pressões com a finalidade de enfraquecer e desmobilizar a organização da categoria. A retaliação foi orquestrada pelos bancos ao perceber que os bancários se negam a aceitar a redução dos seus salários. O SEEB/VCR recebeu denúncias durante toda a manhã de sexta (16) sobre o Bradesco, por estarem pressionando os bancários por meio de ligações, para que voltassem aos seus postos de trabalho.

Mais uma vez os bancos apelam para práticas antissindicais. A greve é um direito garantido pela Constituição, pois é o a única forma dos trabalhadores organizados pressionarem os patrões após uma negociação fracassada. A categoria bancária tem tentado negociar desde o dia 9 de agosto, data quando foi entregue a pauta de reivindicações à Fenaban.

Enquanto os bancos pressionam os bancários e tentam confundir a sociedade, a categoria fortalece o movimento. A greve deve continuar até que uma nova proposta seja apresentada. “Nossa resposta aos bancos continuará sendo a união da categoria na luta. Diante do desrespeito e da frustração dos bancários e da população – que aguardaram uma proposta dos bancos que atenda às necessidades da categoria -, a única opção é a manutenção e o fortalecimento do movimento grevista”, afirma o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas.

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