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Comando Nacional e BNB avançam em negociações sobre cláusulas sociais

A segunda rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, auxiliado pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), e a direção do BNB debateu diversas cláusulas sociais, em reunião realizada em Fortaleza, na sede administrativa do Banco, na última sexta-feira (15).

O Comando Nacional solicitou o abono de horas não trabalhadas para tratamento fisioterápico, pois em diversas cidades, sobretudo no interior, muitas vezes não há profissionais credenciados e o funcionário tem que se deslocar para outra localidade para realizar o tratamento.

As entidades representativas dos funcionários também solicitaram uma mudança nos valores de referência para PLR e 13º salário, levando em conta a média das remunerações mensais de cada exercício ou a remuneração do mês de dezembro, o que for mais vantajoso, para o funcionário.

O Comando reivindicou ainda o aumento da permissão para doação de sangue com uma respectiva ausência abonada. Hoje, as doações são limitadas a duas por ano, uma a cada seis meses. Os dirigentes sindicais solicitaram que fossem permitidas doações de quatro em quatro meses para homens. Também foi feito o pedido para que fosse incluído nas ausências legais o luto para filhos natimortos. O Banco comprometeu-se a analisar todas essas propostas.

Revisão do PCR

A Comissão Nacional enfatizou a necessidade urgente de uma revisão com aumento de níveis no Plano de Cargos e Remuneração (PCR), visto que muitos funcionários já atingiram o nível máximo e não progridem mais na carreira, gerando várias distorções. Diante da reivindicação, o Banco se comprometeu a levantar esse debate num momento mais apropriado e abrir um canal de diálogo com as entidades para fazer o levantamento de números e propostas para o governo federal.

Negativas

A Comissão Nacional solicitou condições especiais de crédito para os funcionários diante do cenário econômico difícil e o endividamento do funcionalismo. O Banco alegou que teme isso aumente ainda mais o endividamento e afirmou que já suspendeu as prestações do CDC a pedido das entidades. A Comissão sugeriu a criação de um programa de reestruturação de dívidas.

As entidades solicitaram também a preferência para que mulheres que estejam voltando da licença maternidade com relação ao teletrabalho. O Banco informou que a modalidade de teletrabalho é ofertada por interesse do Banco e que essas são situações específicas que são tratadas com o máximo de empatia possível.

Por fim, foi solicitado o abono de horas não trabalhadas para pais de filhos com necessidades especiais, pois às vezes, o tratamento precisa de sua presença para evolução do quadro das crianças. O Banco alegou que já existe a compensação de horas para esses casos.

Nova rodada de negociação acontece no próximo dia 29, às 15h, em Fortaleza.

Fonte: CONTRAF

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