Na última quarta-feira (28), o Comando Nacional dos Bancários esteve reunido com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para mais uma rodada de negociação, mas as instituições financeiras insistiram em oferecer apenas perdas salariais para a categoria.
A proposta dos bancos é de reajuste de 7% (o que representa 2,62% de corrosão nos salários) mais R$ 3.500 de abono, agora em 2016, e reposição da inflação, mais 0,5% de aumento real, em 2017. Esta proposição foi rejeitada na mesa pelo Comando, que orientou a realização de assembleias por todo país para debater e organizar os rumos do movimento.
“Os representantes dos bancos se mostraram, mais uma vez, desrespeitosos com a categoria e com a população, ao repetir uma proposta inaceitável de rebaixamento de salário. Além disso, os patrões querem definir um acordo válido por dois anos, que é um período muito longo para ficarmos sem reclamar nossos direitos. Por isso, estamos convocando uma assembleia geral para avaliar o movimento na próxima segunda (03)”, afirma Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.
Enquanto os bancos não negociam, a greve avança. Ontem foram 13.254 agências e 28 centros administrativos, ou seja, 57% dos locais de trabalho, parados em todo o Brasil. Na Bahia 953 unidades paralisadas. Em Vitória da Conquista e região, 80% das agências estão sem atendimento.