Uma semana após o banco se comprometer a não demitir funcionários até o fim da vigência da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que acontece dia 31 de agosto, um funcionário do Itaú de Vitória da Conquista foi desligado.
O bancário estava afastado por motivos de saúde e dois dias após voltar ao trabalho, nesta segunda-feira (01), foi surpreendido com a demissão sem justa causa. Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, Leonardo Viana, isso é inaceitável. “A grande quantidade de demissões que o Itaú vem promovendo na região, contrasta com a alta lucratividade que o banco vem apresentando, a demanda de atendimento que o banco tem por possuir a folha de pagamento do município, demonstra a falta respeito do banco com o compromisso firmado de não demitir durante a campanha salarial, pois enquanto o banco faz propaganda de responsabilidade social com a manutenção do emprego, promove demissões às escuras, inclusive de funcionários adoecidos”, conclui.
Relembre o compromisso:
Após uma série de protestos, no dia 25 de julho, ficou acordado que as demissões aconteceriam com algumas exceções, como: casos de justa causa; recomendações do ombudsman e da inspetoria; casos de aposentadoria a pedido de funcionários; além de situações acordadas anteriormente.
O banco foi o que mais lucrou no primeiro trimestre deste ano – R$ 7,3 bilhões, alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021. Mesmo com o aumento nos lucros, o Itaú demite e fecha agências, entre janeiro e maio deste ano, o banco encerrou atividades de 211 unidades.
O movimento sindical realizou protestos e paralisações em âmbito nacional, nos dias 14 e 15 de julho contra demissões, fechamento de postos de trabalho e assédio moral e sexual, contra as reestruturações nas áreas de Veículos e Consignado, que também poderão resultar em dispensas e em defesa dos empregos no banco.