Os impactos negativos da reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil são inúmeros, tanto para os bancários, quanto para a população. Serão cerca de 18 mil demissões, além de fechamentos e transformação de agências em PABs, descomissionamento, extinção de função, transferência e entre outros problemas. Diante disso, a categoria se mobilizou na última sexta-feira (25), na agência Régis Pacheco, em Vitória da Conquista. Os bancários protestaram contra o fechamento da unidade, que deve acontecer no início do próximo ano.
A abertura da agência foi retardada, e na oportunidade, a categoria manifestou e fez uma panfletagem para esclarecer a população e cobrar do poder público ações que busquem a não implementação desse processo de reestruturação.
Com o fechamento da agência Régis Pacheco, os mais de 350 mil habitantes de Vitória da Conquista contarão com apenas três agências do Banco do Brasil. Os moradores do lado oeste da cidade, que já não possuem atendimento do BB, terão que se deslocar para o Centro ou para a Av. Olívia Flores.
A cliente Olga do Carmo relata sua preocupação com o fechamento do BB/Régis Pacheco. “Temos pessoas que nos atendem bem aqui. Nós, que somos do lado oeste da cidade, seremos prejudicados. Sabemos que os funcionários daqui são concursados, mas isso deve gerar muita insegurança, porque será que vai ter vaga para todos aqui na cidade? Muitos pais de família que já estão com a vida estabilizada aqui em Conquista”, afirma.
Com o fechamento do BB Régis, nove mil clientes e doze mil usuários dos serviços do BB serão atingidos. Cerca de 20 bancários serão realocados para outras agências, com o risco de terem seus salários rebaixados com as perdas de funções e cargos comissionados. E, por não serem concursados, estagiários, vigilantes, telefonistas e auxiliares de serviços gerais correm o risco de perderem seus empregos.
Para a bancária do BB e diretora de Cultura e Formação Sindical do SEEB/VCR, Larissa Couto, a categoria deve se mobilizar de forma intensa contra essa política de desmonte do banco. “Estamos mobilizados propondo manifestações e atos públicos para dar notoriedade a essa forma unilateral de desestruturação das empresas públicas, mostrando para a sociedade que o prejuízo será não apenas para os trabalhadores, mas de todos os clientes e usuários que deverão enfrentar a precarização do atendimento”, destacou.