Desde a sua criação em 1808, o Banco do Brasil tem mudado significativamente sua missão e os seus valores. Durante longos anos desempenhou o papel de autoridade monetária, exercendo atividades para dinamizar o capital e promover a indústria nacional. No entanto, a partir de 2014, a missão do BB passou a ser “um banco de mercado, competitivo e rentável, atuando com espírito público em cada uma de suas ações junto a sociedade”.
Esquecendo o “espiríto público” de transformação do país, o banco intensifica cada vez mais sua missão de lucratividade a qualquer custo. Para isso, amplia a reestruturação colocando seus funcionários como responsáveis apenas pelos custos da instituição e não pelos lucros já obtidos.
As medidas anunciadas através de um programa de televisão, sem nenhuma discussão com os trabalhadores, mostra que a valorização dos seus funcionários não está presente na missão, na visão e muito menos nos valores da instituição.
O BB e os bancários não podem ser relegados aos caprichos do mercado que não respeitas os direitos dos trabalhadores utilizando-os apenas como peças de reposição barata. Os seres humanos, que dedicam suas horas de trabalho para que o banco alcance resultados financeiros cada dia maiores, não podem ser penalizados com a exploração e os desajustes pessoais provocados pela voracidade da lucratividade a qualquer custo.