Entidades sindicais e empregados da Caixa reforçaram a cobrança para que o banco divulgue oficialmente o resultado das apurações sobre as denúncias de assédio sexual e moral, praticadas pelo ex-presidente Pedro Guimarães contra funcionárias da empresa. Mais uma vez, as informações sobre o caso vazaram para a imprensa, antes da publicação nos canais oficiais.
Na última terça-feira (25/10), o Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculou uma reportagem sobre o relatório da corregedoria da Caixa sobre as acusações contra Pedro Guimarães, indicando que existem fortes indícios de que houve realmente assédio moral e sexual. A reportagem informou que o relatório tem 500 páginas e divulgou trechos documento.
Em um dos trechos divulgados pela Globo, a corregedoria da Caixa diz que “dos fatos relatados pelos entrevistados e depoentes, corroborados pelos demais elementos de prova, é possível afirmar que há indícios de práticas irregulares de índole sexual. E ao que tudo aponta, teriam sido praticadas de forma reiterada e se utilizando das mais variadas formas de expressão (física, gestual ou verbal) e valendo-se, inclusive, e em especial, da condição de presidente da empresa”.
Em outro trecho, a corregedoria da Caixa diz que “os relatos expõem uma gestão pautada na cultura de medo, comunicação violenta, insegurança, manipulação, intransigência e permissão ao assédio.”
As informações revelam exatamente o contrário do que foi dito pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, em entrevista na última segunda-feira, quando afirmou que não havia nenhuma acusação contundente das empregadas contra Pedro Guimarães. Isso só comprova a atuação do governo para evitar a divulgação de informações que possam criar transtornos para o presidente durante a campanha eleitoral.
As entidades representativas dos empregados já solicitaram acesso ao relatório feito pela Corregedoria da Caixa e vai continuar cobrando que a direção do banco cumpra o compromisso de apurar as denúncias e punir os culpados.
Fonte: FEEB BA/SE