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Artigo: Setembro Amarelo – Você não está só

*Por Carlos Nascimento

Dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Desde 2015, o movimento Setembro Amarelo tem por proposta a quebra de tabus na discussão e no enfrentamento deste importante tema.

Ainda que sejam necessários cuidados ao tocar no assunto, entidades de proteção aos direitos humanos vem fortalecendo a ideia da urgência em se tratar esta realidade cada vez mais presente no dia a dia das pessoas.
Em tempos atuais, ideias neoliberais contribuem para a formação de conceitos de sucesso baseados no consumo, na independência e no mérito pessoal. Modelos de vida que vão contra tudo o que se pode entender por humanismo, e que, via de regra, propõe objetivos de felicidade intangíveis à maioria da população.
Não muito diferente é a realidade da atividade bancária, onde o reconhecimento profissional está intrinsecamente atrelado aos objetivos das instituições, incutindo a ideia de que o resultado positivo destas equivale à prosperidade individual de cada empregado. Tenta-se desta forma anular a percepção da precariedade das condições de trabalho da categoria, provocando conflitos pessoais que levam a sentimentos negativos, como ansiedade, depressão, angústia e o pânico.
Neste mês de setembro, assim como nos demais, cabe a todos atentar para os sinais que possam apontar para este grave problema, em si, em seus colegas, nas relações familiares e de amizade.
O ser humano é um animal frágil, interdependente desde seu nascimento. Uma imperfeição? Talvez. Talvez apenas uma fraqueza linda e necessária a bem-estar coletivo. É sempre bom lembrar.
*Carlos Nascimento é diretor de Assuntos de Raça e Etnia do Sindicato dos Bancários de Vitória de Conquista e Região, mestre em Ciências da Comunicação e bancário da CEF/Candeias.

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