Por Carlos Nascimento*
Em tempos de likes, seguidores e felicidades virtuais, importa a lembrança de que a vida real ocorre lá fora, longe do ambiente onde ora se lê este texto.
Ainda que relevante para contatos pessoais, promoção de serviços e comunicação institucional, o acesso constante às redes sociais é provadamente associado ao aumento da incidência de sentimentos como ansiedade e depressão.
Assim como na fotografia que ilustra esta postagem, é natural que usuários destas redes postem sequências de momentos felizes, muitas vezes passados em filtros para corrigir qualquer “imperfeição”. Prática que pode provocar sensações de inveja e inferioridade nos que os seguem, haja vista que na vida de fato não cabem edições.
Anúncios e promoções de vendas também são usualmente associados a imagens de sucesso e felicidade, não raro a corpos esbeltos, jovens e brancos.
A atenção aos excessos na navegação destas redes se faz necessária a fim de que se possa pensar em outras possibilidades de uso do tempo de ócio, como a leitura, as interações pessoais e um efetivo desfrute da vida, ainda que este implique no enfrentamento de dificuldades corriqueiras.
Observar isso em si e em sua família pode contribuir para a prevenção de adoecimentos diversos.
Se leu este texto até aqui, já é hora de largar o celular e ter um bom dia.
Necessitando de ajuda procure um amigo, familiar ou ligue 188 (CVV).
*Carlos Nascimento é diretor de Assuntos de Raça e Etnia do Sindicato dos Bancários de Vitória de Conquista e Região, mestre em Ciências da Comunicação e bancário da CEF/Candeias.