O dia 10 de outubro é conhecido por ser o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, estabelecido em 1980 após um movimento nacional em São Paulo. Falar sobre a data é de suma importância, tendo em vista que a violência contra mulheres transcende barreiras sociais, econômicas e culturais, atingindo indivíduos de todas as idades, etnias, crenças religiosas e origens.
Infelizmente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking da Organização Mundial da Saúde em homicídios de mulheres, com 4 assassinatos a cada 100 mil habitantes, muito acima da média global e da América Latina. Dados do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos revelam um alarmante aumento de 203,30% nos crimes contra mulheres, passando de 271.392 para 823.127 registros, apesar da Lei Maria da Penha estar em vigor há mais de 6 anos.
Camille Correia, diretora para Assuntos de Gênero do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, fala sobre os tipos de violência contra a mulher que as trabalhadoras bancárias enfrentam em seus postos de trabalho: “Nós testemunhamos diariamente uma realidade que não pode mais ser ignorada. As trabalhadoras bancárias enfrentam uma série de violências, desde o assédio moral e sexual até a desigualdade salarial. É uma luta constante para garantir que essas mulheres sejam respeitadas, protegidas e tenham as mesmas oportunidades que seus colegas homens. A igualdade de gênero é fundamental em todos os setores e estamos comprometidos em lutar por um ambiente de trabalho seguro e justo para todas as mulheres”.