Neste 20 de Novembro renovam-se reflexões sobre a posição e a responsabilidade de cada um no meio social em que vivemos.
Não há como se caminhar para uma sociedade mais justa enquanto houver a normalização de pessoas negras em posições de subemprego, sem acesso a oportunidades e a condições mínimas que definem o que se tem por HUMANIDADE.
Não haverá nunca uma batalha justa por melhores colocações no mercado de trabalho, ou de reconhecimento social, se a luta dor apenas das camadas oprimidas da população.
Se enxergar negra, ou negro, é necessário. Necessário para perceber o volume de violências diárias que lhes são impostas pela tonalidade da pele.
Enxergar o que há de negro no outro, na outra, é necessário. O fazer de conta de que esta condição não implica em processos de apartamento social, apenas contribui para a manutenção dos poderes ora instituídos.
Que fique Claro: Tempos Negros precisam ser Bons Tempos, que sua associação a tempestades seja um indício de revoluções, de reviravoltas em benefício coletivo.
*Texto feito pelo diretor de Raça e Etnia, Carlos Augusto