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IBGE: inflação é de 0,28% em novembro. No ano o índice está em 4,04%

Alimentos e bebidas puxaram a alta de 0,04% do IPCA em relação a outubro. Despesas pessoais e comunicação tiveram quedas. Já o INPC que mede a inflação para quem tem menor renda, caiu em 0,02%

O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês de novembro ficou em 0,28%, um aumento de 0,04% em relação a outubro, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (12). No ano ficou em 4,04%. Apesar da ligeira alta, a inflação nos últimos 12 meses de 4,68% está abaixo do período anterior de 4,82%.

O IPCA  mede a inflação para as famílias com renda de até 40 salários mínimos (R$ 52.800), abrangendo 10 regiões metropolitanas do país e os municípios de Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC), São Luís(MA), Aracaju(SE) e de Brasília.

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram aumentos. Os maiores reajustes vieram do grupo Alimentação e bebidas, com variação de 0,63%, o que impactou no IPCA em 0,13%. A alimentação fora do domicílio (0,32%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,42%).

Em seguida vieram as altas nos grupos Habitação (0,48%) e Transportes com 0,27%. As maiores quedas foram registradas em Comunicação (-0,50%); Artigos de residência (-0,42%) e Vestuário (-0,35%).

 

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,24 0,28 0,24 0,28
Alimentação e bebidas 0,31 0,63 0,07 0,13
Habitação 0,02 0,48 0,00 0,07
Artigos de residência 0,46 -0,42 0,02 -0,01
Vestuário 0,45 -0,35 0,02 -0,02
Transportes 0,35 0,27 0,07 0,06
Saúde e cuidados pessoais 0,32 0,08 0,04 0,01
Despesas pessoais 0,27 0,58 0,03 0,06
Educação 0,05 0,02 0,00 0,00
Comunicação -0,19 -0,50 -0,01 -0,02

Itens que subiram

No grupo Habitação, o aumento foi influenciado pelos preços da energia elétrica residencial (1,07%) subiram, por conta dos reajustes em quatro capitais: Goiânia (6,13%), reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; Brasília (4,02%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; São Paulo (2,80%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro; e Porto Alegre (0,91%), de 1,41% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (1,02%) foi influenciada pelos reajustes de 14,43% em Fortaleza (13,41%), a partir de 29 de outubro; e de 10,23% no Rio de Janeiro (7,60%), a partir de 8 de novembro. Já o gás encanado subiu 0,29%, por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro (0,94%), com vigência desde 1º de novembro.

No grupo Transportes, apesar das quedas nos preços dos combustíveis de -1,58%, o aumento foi de 0,27%. No mês o óleo diesel registrou alta de 0,87% e o gás veicular 0,05%). As quedas foram nos preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%). O índice subiu em função do aumento nos preços da passagem aérea (19,12%).

Inflação por região

Nos índices regionais, quatro áreas apresentaram variações negativas em novembro. O menor resultado foi em São Luís (-0,39%), influenciado pela queda de 3,92% na gasolina. Já a maior variação foi observada no Rio de Janeiro (0,57%), influenciada pelas altas da passagem aérea (21,17%) e da taxa de água e esgoto (7,60%).

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 9,43 0,38 0,57 3,62 3,97
Brasília 1,57 0,28 0,47 4,32 4,71
Belo Horizonte 32,28 0,23 0,42 4,40 5,05
Rio de Janeiro 4,06 0,62 0,40 4,69 5,21
Rio Branco 1,86 0,18 0,40 4,50 5,17
Salvador 8,61 0,04 0,34 4,19 4,77
Campo Grande 4,17 0,80 0,31 3,37 3,94
São Paulo 3,23 -0,06 0,31 4,01 4,64
Vitória 9,69 0,45 0,27 4,22 4,96
Curitiba 1,03 0,10 0,19 4,24 4,94
Aracaju 3,94 -0,06 0,14 4,06 5,15
Porto Alegre 0,51 0,30 0,04 3,69 5,06
Belém 8,09 0,17 -0,04 3,91 4,69
Fortaleza 5,99 0,29 -0,17 3,61 4,01
Recife 3,92 -0,09 -0,29 2,96 3,86
São Luís 1,62 -0,23 -0,39 1,27 2,28
Brasil 100,00 0,24 0,28 4,04 4,68

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

Já o INPC, que mede a inflação para as pessoas de menor renda, de um a cinco salários (R$ 6.600), ficou em  0,10%, mais baixo do que no mês de outubro de 0,12%. No ano, o INPC acumula alta de 3,14% e, nos últimos 12 meses, de 3,85%, abaixo dos 4,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os produtos alimentícios tiveram variação de 0,57% em novembro, após alta de 0,23% em outubro. Nos produtos não alimentícios, foi registrada queda de 0,05%, abaixo do resultado de 0,09% observado em outubro.

Fonte: CUT, com informações do IBGE

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