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Pelo fim do preconceito relacionado ao adoecimento mental

Janeiro é conhecido como o mês da renovação. Após as celebrações de fim de ano, é comum pararmos para refletir sobre a vida e considerar o que desejamos para o próximo ano.

No entanto, em meio a essas reflexões, muitas vezes esquecemos o essencial para uma vida plena e saudável: o bem-estar mental. Por isso, o mês de janeiro foi escolhido para desmistificar esses preconceitos relacionados à saúde mental e a campanha Janeiro Branco foi oficialmente instituída por Lei em abril do ano passado.

Devido a certos tabus estabelecidos em uma sociedade capitalista, esse tema é comumente negligenciado por conta da visão negativa associada aos transtornos mentais.

Infelizmente, os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam o Brasil como o país com o maior número de pessoas com transtornos ansiosos do mundo. Os dados indicam que, 80% dessas pessoas vivem com essa condição sem nenhum tipo de tratamento qualificado, frequentemente devido à falta de conhecimento sobre os sintomas e ao preconceito em relação à medicação e à doença em si.

Além disso, é preciso compreender o significado de “anos vividos com incapacidade” (YLDs). Esse conceito se refere à quantidade de tempo que uma pessoa passa vivendo com uma condição de saúde que resulta em alguma forma de limitação, tanto física ou mental. A depressão e a ansiedade estão entre as dez principais causas de YLDs – ocupando respectivamente, a segunda e a sexta posição -, causando um em cada seis anos vividos com incapacidade. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem, em média, 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis.

Dar visibilidade é fundamental

Giovania Souto, diretora de Saúde do SEEB/VCR, discorre sobre como os transtornos mentais muitas vezes são vividos de forma velada, com pessoas guardando seus diagnósticos por medo de rejeição e preconceito. ‘‘No contexto bancário, a situação é muito desafiadora. Dentro das empresas, mostrar que se tem problemas psicológicos é normalmente visto como um fator de vulnerabilidade, principalmente quando se naturaliza brincadeiras desagradáveis, como pergunta debochada ‘já tomou seu gardenal hoje?’. Atualmente, depois que a pandemia trouxe à tona essa realidade de forma mais evidente, está sendo cada vez mais propagado a necessidade de se conversar sobre os problemas psicológicos dos trabalhadores como um todo. Dar visibilidade a essa condição mostra que o problema sempre esteve ali e agora está sendo reconhecido de forma mais clara. Por isso, é crucial que as pessoas cultivem o respeito, pois muitos evitam buscar um diagnóstico justamente para evitar os rótulos e a falta de consideração’’, compreende.

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região tem acolhido os trabalhadores que necessitam de ajuda, por meio da Diretoria de Saúde. O filiado ou filiada pode marcar uma orientação com a diretoria por meio do telefone (77) 3424-1620. Além disso, caso necessário, também disponibilizamos um atendimento jurídico para esclarecer dúvidas sobre as CATs e outros assuntos.

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