A luta pela igualdade salarial – no Brasil a legislação sobre o tema enfrenta grande resistência do setor empresarial – ganha ainda mais força com o dado divulgado pela OIT. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, em todo o mundo, as mulheres ganham, em média, salários 20% menores do que os homens.
As medidas de transparência salarial podem ajudar a acabar com as discrepâncias salariais entre homens e mulheres e reduzir as desigualdades de gênero mais amplas no mercado de trabalho. É o que aponta a OIT.
No Brasil, apesar da Lei da Igualdade Salarial, de 2023, que obriga a empresa a pagar salários iguais para a mesma função, os patrões insistem em discriminar. O cenário é de desvalorização do desempenho da mulher no mercado de trabalho.
Sem contar com a estrutura patriarcal da sociedade, que leva a mulher à jornada tripla. Ter de lidar com emprego, afazeres domésticos e cuidados com os filhos. A sobrecarga é imensa.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres dedicam o dobro do tempo do que os homens a afazeres domésticos e cuidados de pessoas na casa. Elas dedicam mais de 21 horas semanais, enquanto eles gastam apenas 11 horas.
Por conta das multitarefas, muitas mulheres estão sujeitas a trabalhos informais, precários ou sofrerem discriminação no momento da contratação em virtude da possibilidade mais alta de afastamentos pela licença maternidade. Mudar essa mentalidade é urgente.
Fonte: Bancários Bahia