Na próxima quarta-feira (6) os trabalhadores do Banco do Brasil realizam uma mobilização contra a reestruturação e extinção do caixa no BB.
O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região promove um ato púbico nas agências de Conquista visando esclarecer a população sobre os riscos do fim do setor. Para as demais cidades da base, a orientação é que os colegas que atuam como caixa vistam preto e enviem fotos da adesão à manifestação.
Em julho, as bancárias e bancários do Banco do Brasil foram surpreendidos com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Brasília, que cassou liminar conquistada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) que garantia o pagamento de gratificação de caixa.
Em 2021, o BB anunciou uma reestruturação que incluía o fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, além do fim da gratificação para os escriturários que desempenhavam essa função. O movimento sindical tentou negociar com o banco, mas, após esgotar todas as tentativas de diálogo, recorreu à mediação do Ministério Público do Trabalho e, posteriormente, à Justiça. A tutela antecipada protegia os trabalhadores contra a decisão unilateral do Banco do Brasil de eliminar a função de caixa.
Além de prejuízos aos funcionários, com a redução salarial e comprometimento da renda, a extinção dos caixas prejudicará diretamente a população, pois uma parcela significativa da sociedade, a exemplo dos idosos, possuem dificuldade de acessar os canais eletrônicos do banco e estão sujeitos a golpes.
“Essa manifestação dos caixas está acontecendo ao nível nacional e reflete a indignação de bancários e bancárias que trabalham no BB quanto a forma desrespeitosa como o banco vem tratando os trabalhadores dessa função, pois a gestão bolsonarista do banco tentou sucatear o setor e, infelizmente, a atual gestão está trabalhando para manter essa política de precarização do trabalho e da remuneração, promovendo acúmulo de trabalho, desvio de função e mudanças na forma de pagamento da comissão de caixa. A atual administração do banco precisa rever essas decisões que atacam os trabalhadores e promover uma gestão mais humana e com mais diálogo em relação aos caixas”, conclui Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.