Infelizmente, casos de denúncias de assédio moral e sobrecarga de trabalho continuam sendo recorrentes na categoria bancária. Na última semana, a Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB), se reuniu com a gestão das áreas jurídica e de Recursos Humanos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), para cobrar soluções imediatas acerca da denúncia de práticas de assédio moral ocorridas no Contencioso e Assessoria Jurídica do Banco (CONAJ-Bahia).
Segundo relatos, o assédio moral que vem ocorrendo no setor jurídico, teve início com a alteração no comando da gerência e com a mudança na forma e na divisão do trabalho. Essa alteração repentina e a pressão psicológica praticada pela nova gerência, gerou sobrecarga de trabalho em praticamente todos os funcionários, ocasionando o adoecimento físico e mental e afastamento de diversos bancários e bancárias, inclusive na região de Conquista.
Quando vamos analisar os números do adoecimento mental dos bancários, os dados são extremamente preocupantes. O INSS mostra que, em 2022, a categoria foi responsável por 25% dos afastamentos acidentários relacionados à Saúde Mental e Comportamental, com uma taxa de ocorrência de 9,1 para cada mil vínculos, enquanto a média geral da economia foi de 2,0 para cada mil vínculos.
É inadmissível que o Banco do Nordeste, onde seu diferencial é atuar como um banco de desenvolvimento sustentável, esteja se pautando na lógica do mercado, transpassando as relações humanas e justas de trabalho para garantir a maximização do lucro pelo lucro.
‘’O clima organizacional e de trabalho está bem pesado, pois as denúncias de assédio moral são muito fortes. Já tivemos reuniões com a Superintendência de Desenvolvimento Humano em Salvador e, a Comissão de Ética está apurando os depoimentos da categoria. Agora, aguardamos o resultado da apuração e o posicionamento do banco. A expectativa é que os assediadores sejam punidos e o ambiente de trabalho possa se tornar menos insalubre. O Sindicato está fiscalizando e denunciando toda essa situação para que os direitos de bancários e bancárias sejam respeitados.’’ Afirma Carlos Placha, diretor do SEEB/VCR.