As três faixas que concentraram o aumento de vagas preenchidas foram as de 40 a 49 anos (alta de 0,5%), de 50 a 59 (0,4%) e de 60 anos (0,3%)
O Brasil fechou o ano passado com 44,4 milhões de brasileiros empregados formalmente, o que representou um crescimento de 3,5% em relação a 2022 ou 1,5 milhão de empregos a mais. Desse total, a população entre 40 anos e 69 anos representa 35,3% dos brasileiros.
Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada semana passada pelo Ministério do Trabalho. O estudo indica que pessoas acima de 40 anos compõem os três segmentos em que o emprego formal cresceu.
As três faixas que concentraram o aumento de vagas preenchidas foram as de 40 a 49 anos, com crescimento de 0,5%, de 50 a 59 anos, com variação positiva de 0,4% e a de 60 anos com 0,3%. As demais tiveram pequenas oscilações para baixo.
A subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, destacou que as informações da Rais, obtidas via eSocial, são essenciais para o acompanhamento do mercado de trabalho formal no Brasil e para a formulação de políticas públicas.
Ela ressaltou que a antecipação da divulgação dos dados do setor privado se deu em função da preparação do 2º Relatório Nacional de Igualdade Salarial.
O levantamento aponta que todos os principais setores econômicos apresentaram crescimento em 2023.
A Construção Civil liderou com um aumento de 6,8% (+181.588 vínculos), seguida pelo setor de Serviços, que adicionou 962.877 vínculos (+4,8%). O Comércio cresceu 2,1% (+212.543 vínculos), a Agropecuária 1,9% (+33.842 vínculos), e a Indústria registrou um incremento de 121.318 vínculos (+1,4%). As Indústrias Extrativas também se destacaram com um aumento de 5,7% (+14.632 vínculos).
A maior concentração de empregos formais permaneceu na região Sudeste, que detém 51,2% dos vínculos, seguida pelo Sul (18,4%) e Nordeste (16,4%). No entanto, as regiões Norte (+5,4%), Nordeste (+4,2%), e Centro-Oeste (+4,2%) registraram o maior crescimento percentual. O Piauí teve o maior crescimento relativo entre os estados, com um aumento de 7,3%, seguido por Amapá (+6,8%), Tocantins (+6,6%) e Roraima (+6,3%).
Remuneração
A remuneração média no setor privado em 2023 foi de R$ 3.514,24, com a maior média salarial registrada na Indústria (R$ 4.181,51), seguida pelo setor de Serviços (R$ 3.714,88).
Em termos absolutos, o setor de serviços foi o maior empregador, com acréscimo de 962,8 mil novos postos de trabalho, crescimento de 4,8%.
Em termos percentuais, os maiores incrementos se deram na construção, com 6,8%, seguido de perto pelo setor de “Outros Serviços”, que inclui os segmentos de artes, cultura e esportes, com 6,5%.
Fonte: Vermelho, com informações da Ascom/MTE