Bancários realizam manifestação em defesa do Saúde Caixa com reajuste zero em Conquista

Na manhã desta quarta-feira (17), bancárias e bancários da Caixa Econômica Federal, junto ao Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR), realizaram uma manifestação em Vitória da Conquista contra os reajustes nas mensalidades do plano de saúde da categoria, o Saúde Caixa. A mobilização contou com retardamento da abertura da agência Centro e com panfletagem em outras unidades da cidade.

O ato faz parte da campanha nacional “Queremos Saúde, Caixa”, que ganhou força a partir de fevereiro deste ano. A principal reivindicação é o reajuste zero nas mensalidades, diante do cenário em que os custos médicos-hospitalares crescem bem acima da inflação e do reajuste salarial, tornando inviável para os empregados arcarem sozinhos com o aumento das despesas.

Segundo os representantes do movimento, a única forma de garantir a manutenção do plano sem repassar aumentos para os usuários é a Caixa ampliar sua participação no custeio, que hoje está abaixo dos 70% previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). O percentual é permitido inclusive pelos órgãos controladores, mas o banco mantém o limite de 6,5% da folha salarial, fixado desde 2017 em seu Estatuto Social.

Cronologia da luta pelo Saúde Caixa

• Outubro de 2023 – Inicio da mobilização “Queremos Saúde, Caixa” pela manutenção dos princípios fundantes do plano: solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional.
• Negociações do ACT – garantido o percentual de 3,5% da remuneração base a ser pago pelos titulares (com teto de 7% de comprometimento da renda), além do modelo de custeio 70/30. Houve ainda retorno das Gipes/Repes, dos comitês de credenciamento e um aporte de R$ 177 milhões pela Caixa, que zerou o déficit de 2023.
• 2024 – realizadas diversas reuniões com banco e governo, reivindicando o fim do teto. O Conselho de Administração chegou a aprovar a exclusão, mas a mudança não foi consolidada.
• A partir de fevereiro de 2025 – intensificação da campanha, com ações como o abaixo-assinado “300 mil vidas pedem atenção”, lançado em março, e a mobilização para ampliação da rede credenciada, em abril.
• Maio de 2025 – a Caixa alterou seu Estatuto, mas manteve o teto de custeio, contrariando a decisão do Conselho de Administração. A campanha, então, passou a ser “Reajuste Zero”, para pressionar o banco a cumprir os princípios do plano e garantir sua sustentabilidade a médio e longo prazo.