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Digitalização em massa do Bradesco leva ao fechamento de agências

O Bradesco está em meio a uma significativa reestruturação, marcada pelo fechamento massivo de agências em todo o Brasil. Dados do Dieese revelam que essa medida, embora parte da estratégia de digitalização do banco, gera forte preocupação sobre a exclusão bancária e o impacto social, especialmente em comunidades que dependem do atendimento físico.

Números do Fechamento:

Entre junho de 2024 e junho de 2025, o Bradesco desativou:

342 agências tradicionais

1.002 postos de atendimento

127 unidades de negócio

Esses números representam quase 38% de todos os fechamentos bancários no país no período, evidenciando uma transformação profunda na atuação da instituição.

A onda de fechamentos tem um custo humano considerável. No primeiro semestre de 2025, 2.500 bancários foram demitidos nacionalmente, com uma média de quase 12 desligamentos por dia entre janeiro e julho.

O impacto se estende aos clientes, com milhões de pessoas, particularmente idosos e aqueles com pouca familiaridade digital, enfrentando dificuldades para acessar serviços essenciais. Na Bahia, por exemplo, mais de 130 agências fecharam em cinco anos, deixando quase metade dos municípios (47,72%) sem nenhuma unidade bancária e forçando deslocamentos de até 50 km para transações básicas.

Diante desse cenário, sindicatos bancários organizaram protestos e mobilizações, como o Dia Nacional de Luta, em 19 de novembro de 2025, para chamar atenção para as consequências sociais e econômicas da medida.

A questão também chegou ao judiciário. Em abril de 2025, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) suspendeu o fechamento de 16 agências do Bradesco após uma ação do Procon estadual, indicando que a justiça começa a intervir para proteger o acesso da população aos serviços bancários.

A digitalização é uma realidade crescente, com 7 em cada 10 transações bancárias realizadas via celular em 2023, segundo a Febraban. Contudo, a transição para um modelo predominantemente digital precisa ser feita com responsabilidade, garantindo que a eficiência tecnológica não leve à exclusão de parcelas significativas da população. O equilíbrio entre inovação e inclusão social permanece um desafio central para o setor bancário.

Fonte: FEEB/BA-SE.

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