A possibilidade da aceitação do pedido de investigação de Michel Temer por crime de corrupção passiva, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, demonstra que o presidente da República não tem nenhum constrangimento em continuar corrompendo para tentar se manter no poder. Com o parecer favorável do relator do processo, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), para que a investigação seja enviada ao Supremo Tribunal de Justiça avaliar tecnicamente a denúncia, a pressão aumenta.
Mesmo antes da leitura do parecer, o presidente já se reunia com os aliados e iniciou uma tentativa desesperada de barrar o processo. Para isto, se utiliza do orçamento público para privilegiar e autorizar emendas de deputados que se comprometerem a votar a seu favor. Sem nenhum constrangimento, as verbas públicas são usadas para corromper e captar aliados.
Enquanto isso, a maioria dos partidos que contribuíram para o impeachment de Dilma Rousseff e apoiaram Temer, começam também a se distanciar, apostando em novas oportunidades de assumir o Governo, com o Democratas tendo a possibilidade de chegar ao topo do Planalto.
Independentemente de quem vai assumir, para os grandes empresários, banqueiros e os representantes do capital internacional – que se beneficiam dos altos juros do mercado financeiro -, é importante que a política econômica não sofra mudanças. Além disso, devem continuar patrocinando, através do Congresso, as retiradas de direitos, flexibilizando as leis e acabando com as garantias dos trabalhadores.
A mobilização popular é a saída para interromper a corrupção e impedir que os oportunistas se mantenham aprovando medidas que só prejudicam a maioria da população em benefício de poucos. Não dá mais para esperar. Fora Temer e todos os corruptos já.
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