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A escala 6×1 e a exaustão da mulher

Ganhou destaque no Congresso Nacional e na opinião pública o debate sobre o fim da escala 6×1. A proposta expõe o cansaço e nível de ocupação dos trabalhadores, diante da precarização das relações trabalhistas, em função do domínio capitalista. Além disto, levanta o questionamento sobre a vida além do trabalho.

O fim da escala 6×1 tem relação direta com o bem-estar das famílias. Neste sentido, há de se pensar na invisibilidade da sobrecarga para as mulheres, que possuem jornada tripla: emprego, afazeres domésticos e cuidados com os filhos.

A escala com apenas um dia de “descanso” leva à exaustão da mulher que não tem direito a um respiro. Normalmente é uma mãe que sai para trabalhar, mas já deu conta de deixar comida pronta, filho organizado para a escola e a casa arrumada.

Mas, aos poucos, o Brasil caminha para amadurecer a valorização das mulheres no trabalho remunerado e não remunerado, além do tempo livre. Recentemente, o Senado aprovou a Política Nacional de Cuidados, proposta do governo federal, cujo objetivo é promover ações para as pessoas que cuidam, com acesso ao trabalho decente, estimulando políticas para reduzir a sobrecarga de trabalho nos domicílios, além de atender às necessidades dos cuidadores que não recebem salários.

Fonte: SBBA.

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