Foi um movimento vitorioso. Apesar das conquistas econômicas e sociais terem ficado abaixo da expectativa, e mais uma vez a condução do movimento ter apostado no direcionamento contrário à grande parte do que pensa hoje a categoria bancária, sempre vale a pena lutar. A importância da participação dos bancários nas assembleias e nas discussões durante a Campanha Salarial serviu para que os trabalhadores conheçam as forças que representam tanto os bancos quanto a categoria. Enquanto os banqueiros privados se aproveitaram da situação para aumentar seus lucros, o governo por sua vez, representando os bancos públicos, tentou usar a crise econômica e política que ele mesmo provocou para rebaixar os salários e direitos dos trabalhadores.
O nosso Comando Nacional, formado na sua maioria por integrantes da CUT e da CTB, assim como no ano passado indicou a aceitação de uma proposta que nega a possibilidade da categoria avançar nas conquistas através da mobilização. A resposta dos bancários foi a participação expressiva na greve, que obrigou os bancos a negociar e o Comando a não aceitar um acordo ainda pior. Nas assembleias em todo país, as grandes votações para a continuidade da greve foram também um protesto com a forma de condução das negociações.
Os bancários de Conquista e região retornam aos seus postos de trabalho com o orgulho de quem não se intimida para garantir um futuro melhor para todos, e com a consciência de que o caminho é a luta coletiva. A batalha continua diariamente, para que nossas conquistas e nossos direitos sejam respeitados.