Por Alex Leite, diretor de comunicação e imprensa do SEEB/VCR.
As manifestações populares contra a proposta de reforma da Previdência, representada pelo governo Bolsonaro, reuniu milhares de trabalhadores, estudantes, desempregados, aposentados e conseguiu unir forças das Centrais Sindicais no país, sendo fundamentais para retirar do relatório final alguns pontos que atingiam diretamente a população mais necessitada – que é o principal alvo dos ataques.
Após os protestos ocorridos em todo o Brasil, propostas de mudanças no Benefício de Prestação Continuada e na Aposentadoria Rural foram retiradas do texto. Porém, foram mantidos benefícios aos ruralistas, militares, políticos, juízes, e outras categorias que já possuem proteção diferenciada.
Apesar dos articuladores do governo anunciarem que já garantiram votos para aprovar o texto do relator, e do presidente da República ter liberado R$1 bi em emendas para garantir o voto dos deputados, a luta para impedir que os trabalhadores sofram ainda mais para conseguir se aposentar com dignidade não acabou.
As manifestações nas ruas devem continuar, assim como a pressão sobre deputados e senadores em todos os espaços possíveis para cobrar um posicionamento dos ditos representantes do povo.
A utilização da internet através das redes sociais e de todas as ferramentas de comunicação deve também mobilizar os trabalhadores a cobrar dos congressistas a defesa dos direitos da classe.
Fortalecer a resistência continua sendo nossa opção de sobrevivência.