Abril Verde destaca questões de saúde e segurança no trabalho

Desde 2015, abril tem sido o mês em que se pauta saúde e segurança no trabalho. O dia 7 foi instituído pela Organização Mundial da Saúde como o Dia Mundial da Saúde. Já o dia 28, é lembrado como o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. O mês foi escolhido como um marco e, por essa razão, o Sindicato dos Técnicos de Segurança do Estado do Paraná aproveitou a oportunidade para iniciar o Movimento Abril Verde.
As mortes e acidentes no trabalho são um alerta para a necessidade de mais leis de saúde e segurança e uma maior cobrança do cumprimento das mesmas. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho – OIT, em 2013, a cada 15 segundos, um trabalhador morreu por conta de uma doença relacionada ao trabalho. Entre os anos 2012 e 2017, a partir de dados extraídos do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, a maior parte dos acidentes e mortes no trabalho ocorre com homens na faixa etária de 18 a 24 anos e que exercem atividades de baixa remuneração.
Apesar dos dados de notificações junto à Previdência Social serem alarmantes – entre 2012 e 2017, foram 3,879 milhões de notificações de acidente de trabalho -, a estimativa é de que o número de acidentes de trabalho seja ainda maior, devido à subnotificação por parte das empresas, que faria mais de 50% dos acidentes não serem notificados oficialmente.
Na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, de janeiro de 2016 a abril de 2018, foram abertos 140 Comunicados de Acidente de Trabalho – CATs. “Além dos adoecimentos relacionados às doenças ocupacionais, a categoria bancária enfrenta em seu cotidiano medo e insegurança diante da grande quantidade de assaltos, explosões e sequestros nas agências. O trabalhador precisa ficar atento, pois acontecimentos como esses deixam sequelas. Um equívoco é acreditar que a abertura de CAT só deve ser realizada em caso de necessidade de afastamentos. Independentemente dos impactos do ocorrido, é fundamental que haja a abertura de comunicado para que o fato seja registrado para uma necessidade futura”, alerta Giovania Souto, diretora de Saúde do SEEB/VCR.