No mês de maio último, quando da divulgação do 23º Congresso dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (organizado pela Contraf), a AFBNB publicou mensagem na qual defendeu a necessidade da mobilização em torno das questões específicas. A fundamentação se deu em função de o acordo coletivo ter vigência por dois anos (2016/18) sob as questões de natureza econômica, não acarretando prejuízo da luta pelas bandeiras específicas. (Relembre aqui).
Quando da realização do congresso, em junho último, a AFBNB divulgou um documento em formato de cartilha, direcionado aos participantes do encontro, no qual reiterou tal entendimento, dentre outros elementos constantes, com a agregação da necessidade da luta geral contra o processo de desmonte dos bancos e demais órgãos públicos levados a efeito pelo governo Temer (veja a cartilha aqui). No documento a Associação elencou uma série de questões a título de contribuição ao debate, bem como para subsídio à construção da minuta de reivindicações a ser negociada com o Banco.
Ainda no mês de junho, a Associação participou também do Congresso da CONTEC, ocasião em que pautou as demandas específicas dos trabalhadores do BNB. As mesmas foram encaminhadas para a coordenação da Confederação para serem incluídas na minuta de reivindicações a ser entregue ao Banco com vistas às negociações.
O assunto foi debatido enfaticamente pelos trabalhadores do BNB por ocasião da 52ª Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB, ocorrido em Brasília no último mês de agosto. Na oportunidade, o direcionamento já apontado pela Associação mais uma vez foi referendado, sob a forma de resoluções, as quais orientam como ação da Entidade:
– “Pautar e buscar a interlocução com as entidades sindicais na perspectiva de que as questões específicas dos funcionários do Banco sejam pautadas por ocasião do processo de negociação na Campanha Salarial 2017, independente da vigência do acordo por dois anos, a exemplo da revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PCR), isonomia de tratamento, dignidade previdenciária e de saúde, contratação de concursados, dentre outros aspectos pendentes”.
– “Intensificar a ação institucional em Brasília e em demais unidades da federação, sobretudo junto às casas legislativas, no sentido de fazer contraponto a medidas que representem ameaças/ataques ao BNB, bem como reforçar o engajamento na luta maior contra o desmonte dos órgãos públicos em curso no país, por meio da parceria com outas entidades e inserção no diversos fóruns constituídos nesta perspectiva”.
– “Manifestar entendimento contrário ao modelo de agência que está sendo apresentado (reestruturação) tomando como iniciativa a interlocução com o Banco, em parceria com as demais entidades, no sentido de que seja rediscutido, sobretudo com transparência, sem atropelos, sem prejuízo aos funcionários, e que seja considerada a missão desenvolvimentista do BNB”. (Para acessar o relatório completo com todas as recomendações, clique aqui).
– “Manter a linha de ação contrária a qualquer política/ medida/ decisão que tragam na sua essência a fragilização do BNB e seus instrumentos de crédito, como é o caso da Medida Provisória que objetiva retirar recursos do FNE”.
Assim, diante da conjuntura adversa à classe trabalhadora, em específico aos bancários, necessário se faz que as entidades de representação da categoria, que têm a prerrogativa de comando das mobilizações e negociações com os Bancos (confederações, federações e sindicatos e associações) construam a unidade do movimento e estabeleçam um calendário de lutas, com fóruns, assembleias, atos, manifestações e outras formas democráticas de participação e decisão da base, no sentido de abrir as negociações em torno das demandas específicas – que no caso do BNB se acumulam e geram prejuízos de toda ordem ao trabalhador. PCR, isonomia de tratamento, problemas nos planos de saúde e previdência, carência de pessoal, trabalho gratuito, condições de trabalho (sobretudo em agências), entre outras questões também relevantes e que exigem resposta urgentemente, fazem parte do elenco das pendências existentes.
Da mesma forma a AFBNB ressalta a necessidade da unificação das categorias em luta; da mobilização e engajamento nas lutas gerais da classe trabalhadora, dialogando com a base na perspectiva de participar ativamente, a exemplo do dia 14 de setembro – Dia Nacional de Mobilização e Paralisação em Defesa dos Serviços Públicos e contra a Reforma da Previdência – e de outras movimentações que se apresentarem. Só a luta muda a vida.
A AFBNB ao lado dos trabalhadores.
Gestão Unidade e Luta
A AFBNB firme, com resistência e autonomia.