No último domingo (28), o governo da Bahia ampliou por mais 48h o lockdown iniciado na última sexta-feira (26), contudo nenhuma medida foi tomada por parte do poder público para evitar aglomerações nas unidades bancárias.
A falta de determinação específica para o fechamento destes ambientes, resultou na formação de grandes filas nas áreas externas e concentração de pessoas dentro das agências nesta segunda-feira (1º). Uma cena recorrente foi a falta de pessoal para organizar as filas e o consequente desrespeito ao distanciamento mínimo estabelecido pelas organizações de saúde.
Além disso, especialistas apontam que o confinamento coletivo em ambientes fechados, onde há pouca circulação de ar, potencializam a dispersão do coronavírus, pois grande parte dos infectados são assintomáticos.
O problema social é agravado pelo período do início do mês, quando ocorre o pagamento dos aposentados, uma parcela da população que faz parte do grupo de risco.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, Leonardo Viana, aponta que a instituição não é contrária à medida de prevenção, mas que os governos devem regularizar o funcionamento dos bancos. “O poder público tem se omitido em aplicar medidas restritivas para as unidades bancárias e esse medo dos bancos tem colocado trabalhadores e a população em risco, por provocar aglomerações nas portas das agências, como constatamos nesse primeiro dia útil do lockdown. É preciso que o poder público atue para restringir o funcionamento das agências e colabore com a organização das filas fora das unidades para garantir o afastamento entre as pessoas”, afirma Leonardo Viana.