Com o fim da eleição e a posse do novo governo, tudo aquilo que era condenado na administração anterior agora já está liberado. Os discursos e as promessas ficaram no passado. Agora vale apenas o que for mais interessante para a classe que bancou o novo presidente.
Agora tá liberado nomear nove ministros investigados, denunciados e respondendo a processos. Agora as armas que, pelos custos, serão liberadas apenas para os ricos comprarem, estocarem e irem de encontro à própria recomendação das áreas de segurança sobre a não reação em caso de assaltos. A fabricante de armas e doadora financeira para campanhas políticas, Taurus, agradece.
Agora também está liberado, principalmente, fazer acordos com o deputado Rodrigo Maia (DEM) para elegê-lo presidente da Câmara e até apoiar o senador Renan Calheiros (MDB), ambos investigados, denunciados em inúmeras instâncias e que têm a missão de cooptar aliados para o governo e aprovar suas propostas. Resta saber quais são os termos de um acordo entre partes tão honestas…
Escolhendo inimigos imaginários, como o suposto “socialismo brasileiro”, professores comunistas que irão ensinar sexo para as crianças inocentes, roupas que não sejam rosas ou azuis e os “opositores” do desenvolvimento – que seriam a classe trabalhadora e os movimentos sociais que defendem os seus direitos, os índios, os quilombolas , os movimentos LBGTs, os desempregados e todos aqueles que não se alinham ao perfil ideal do novo governo -, cria uma cortina de fumaça para aprovar realmente o que interessa aos banqueiros e aos grandes empresários, ou seja, àqueles 5% que detêm maior parte das riquezas no país e no mundo.
Para estes ricos e privilegiados, nenhuma cota de sacrifício será cobrada. Nenhuma medida que afete a lucratividade destes setores foi ou será anunciada. Tudo isso será garantido com a nomeação do maior número de militares em cargos governamentais já visto no Brasil desde a ditadura militar. E eles já adiantaram, agora pode tudo, menos mexer com os privilégios deles.
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Por Sarah Sodré, vice-presidente do SEEB/VCR. Quisera que todos os dias fossem de reflexão e …