Um dos resultados explícitos da busca indiscriminada pelo lucro no setor financeiro é a precarização do ambiente de trabalho e das relações entre os trabalhadores.
São frequentes entre a categoria bancária as denúncias de cobranças abusivas, exigências infundadas, críticas descomedidas e exposição de funcionários a situações que geram humilhação e constrangimento.
Tais situações vexatórias, e até mesmo violentas, são categorizadas como assédio moral e podendo o assediador responder por, crimes como difamação e injúria, e até mesmo constrangimento ilegal e ameaça. Além disso, corre o risco de ter que indenizar o trabalhador prejudicado por dano material, moral e à imagem.
As consequências do assédio moral para as trabalhadoras e trabalhadoras são graves e causam danos físicos e psicológicos. A violência constante no ambiente de trabalho comprovadamente gera o aumento do estresse e da ansiedade, podendo evoluir para a incapacitação para o trabalho, interferência na vida pessoal e, nos casos mais extremos, levar a morte.
Por este motivo, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região disponibiliza diversos canais de denúncia para a categoria. A comunicação dos atos pode ser feita anonimamente por meio do site da entidade, no espaço “Denuncie”.
Caso o trabalhador assediado prefira, pode entrar em contato também pelo WhatsApp (77 99121-1620), por telefone (77 3421-2062), por e-mail ([email protected]), pessoalmente na sede do Sindicato (Rua Dois de Julho, 122, Centro, Vitória da Conquista) ou durante o trabalho de base dos diretores nas agências. O importante é não ficar calado!
“Até mesmo nesta conjuntura de pandemia, temos recebido diversas denúncias de assédio nas agências. Não vamos tolerar estas práticas, que possuem um impacto profundo na qualidade de vida das pessoas. O Sindicato possui experiência no combate a este tipo de violência, já tendo conseguido condenação com valor de R$ 1 milhão em ação de denúncia de discriminação, abuso do poder hierárquico e humilhação. Por este motivo, solicitamos aos colegas que não guardem para si cobranças, ameaças e exposições abusivas para que, assegurando o sigilo dos denunciantes, possamos atuar na defesa da categoria”, considera Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.