Nesta semana uma bancária da base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região foi reintegrada no Itaú. Esta é a segunda vez que a justiça concede parecer favorável à solicitação da trabalhadora que foi demitida mesmo adoecida.
Em 2018, a justiça concedeu a primeira reintegração da bancária que havia sido desligada em 2015, mesmo diagnosticada com LER/DORT, notificada na abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.
Repetindo a postura, neste ano, o banco voltou a demiti-la, sem levar em consideração o histórico de adoecimento reconhecido pela justiça.
No último dia 18, o escritório Brito, Ávila e Amaral, conveniado ao Sindicato, ingressou com o mandado de segurança no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, solicitando mais uma vez a readmissão da trabalhadora. No dia 21, foi emitido o comunicado favorável e a reintegração foi divulgada no Diário Oficial.
A decisão reconhece o quadro e agravamento das doenças ocupacionais como responsabilidade do banco. Na primeira reintegração ela deveria ter sido reabilitada em outra função, o que não foi feito, pelo contrário, lhes foram atribuídas tarefas ainda mais estressantes. Além do retorno ao trabalho, a justiça também concedeu todos os benefícios de direito, incluindo o plano de saúde.
Este é mais um fato que demonstra o descaso do Itaú com os trabalhadores, um banco altamente lucrativo em nosso país e que não oferece retorno social equivalente ao tamanho dos lucros.
Em situações como essa, fica evidente a importância do Sindicato que possui um departamento jurídico especializado para garantir que sejam efetivados os direitos. “Esta é mais uma vitória importante para a categoria que tem sido explorada cotidianamente pelos bancos, que insistem em não oferecer condições dignas de trabalho. É sempre bom lembrar que o SEEB/VCR possui assessoria jurídica gratuita aos bancários sindicalizados. Por isso, sempre que perceber que seus direitos não estão sendo cumpridos é importante que a bancária e bancário busque o sindicato para obter orientações e o acompanhamento jurídico necessário”, destaca Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR.