Temos visto nos últimos tempos em nosso país e no mundo o crescimento de um pensamento extremista de direita ligado ao fascismo. O discurso de ódio, que tem tomado conta do cotidiano das e dos trabalhadores e coloca mulheres, população periférica, LGBTIs e categorias organizadas em risco, não é o fim, mas, sim, o meio, de tentar mais uma vez restaurar o sistema capitalista para o que mesmo continue intensificando sua lucratividade.
As trabalhadoras e os trabalhadores precisam se atentar é que este cenário de crise econômica e política, com o crescimento do desemprego, violência e sucateamento dos serviços públicos, torna possível o crescimento de pensamentos conservadores de extrema-direita, colocando-os como uma alternativa simples e radical capaz de resolver o problema.
Historicamente temos visto que o pensamento extrema-direita promoveu situações de violência profunda para a classe trabalhadora, favorecendo apenas a reorganização do capitalismo, com o aprofundamento da retirada de direitos e a redução da atuação do Estado, a exemplo dos processos de privatização de empresas públicas fundamentais para o desenvolvimento das políticas sociais.
No pleito eleitoral deste ano no Brasil, essas práticas têm sido exaltadas pelo candidato à presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo seu vice, General Mourão, que não hesitam em defender as privatizações, a criação de novos impostos, fim do 13º salário e férias, salários diferentes para homens e mulheres, fim da Lei do Feminicídio, fim da criminalização do racismo, promovendo o crescimento da homofobia, exaltação a torturadores e intensificação do militarismo, entre outros retrocessos contra os direitos humanos.
O candidato já demonstrou, na prática, ações que revelam como será o futuro caso ele seja eleito. Já foi denunciado por racismo e violência contra à mulher. Essa postura incentiva este crime em um país que, segundo a ONU, é o quinto mais perigoso para as mulheres. Só em 2017 foram mais de 60 mil casos de estupros registrados.
A alternativa real para a classe trabalhadora passa pela sua organização em seu ambiente de trabalho, moradia e estudo, pela construção de uma sociedade mais justa. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região em seu Estatuto defende a unidade dos trabalhadores da cidade e do campo na luta pela conquista de um país soberano, democrático e progressista. Por isso, apesar de não declarar apoio a nenhum candidato, repudiamos publicamente qualquer ideologia ou proposta que atente contra a classe trabalhadora.
Diante disso, o Sindicato convida toda a sua base territorial para somar forças no ato do dia 29, em Vitória da Conquista, na praça Barão do Rio Branco, às 11h30, contra todos aqueles que disseminam discurso de ódio contra às trabalhadoras e trabalhadores.