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Bancários cobram proteção à saúde e melhorias na PLR do Mercantil do Brasil

Trabalhadores devem se preparar para o embate com o banco

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil (BMB) se reuniram com o banco na terça-feira (20) para debater sobre os programas próprios de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), auxílio educacional e controle alternativo de jornada de trabalho e ponto eletrônico, além da adoção de protocolo de enfrentamento à Covid-19.

PLR

Em relação ao programa próprio de PLR, os representantes dos trabalhadores, após análise minuciosa do documento, cobraram da direção do banco uma contraproposta que leve em conta a redução nas metas de lucro e despesas, o fim da compensação do programa próprio na PLR da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e a adoção de mecanismos para incrementar os valores a serem recebidos pelos bancários com menores salários, uma vez que, na avaliação da representação dos trabalhadores, o programa do banco beneficia os altos salários.

Os representantes do Mercantil anotaram as observações e se prontificaram a levar à demanda para diretoria executiva do banco.

Para o coordenador da COE/BMB, Marco Aurélio Alves, os trabalhadores devem se preparar para o embate junto ao banco, para que o mesmo apresente propostas condizentes com o esforço e dedicação dos funcionários. “O programa próprio de PLR e demais acordos propostos têm que refletir o bom momento financeiro do banco. em valores financeiros que satisfaçam os trabalhadores, que mesmo durante a pandemia, estão se desdobrando para o cumprimento das duras e pesadas metas impostas pelo banco. Não podemos admitir que o Mercantil frustre seus funcionários com acordos rebaixados”, afirmou.

Enfrentamento à Covid-19

A presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) e diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, cobrou garantias e proteção à vida dos bancários do Mercantil do Brasil. “Com agências lotadas em plena onda de Covid-19, por conta do nicho de atuação do banco, que é o pagamento de beneficiários do INSS, o Mercantil do Brasil tem a obrigação de nos apresentar um protocolo de segurança que proteja a vida dos seus funcionários e clientes”, disse. “O banco tem que ter a consciência que a vida vale mais do que o lucro” concluiu.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Ramon Peres, que também esteve presente à reunião, garantiu que a categoria está mobilizada. “Estamos preparados para lutar pelos direitos da categoria bancária e garantir condições dignas de remuneração e saúde aos trabalhadores do Banco Mercantil do Brasil”, disse.

Outros pontos

Não houve tempo para realizar o debate sobre o controle alternativo da jornada e o auxílio educacional, que devem ser debatidos na próxima reunião com o banco, agendada para o dia 29 de abril. No mesmo dia o banco deve trazer a resposta sobre as propostas referente à PLR e ao protocolo de segurança e saúde dos trabalhadores e clientes.

Fonte: Contraf/CUT

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