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Bancários de bancos privados realizam encontro nacional

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“Nenhum direito a menos. Lutar defender e garantir”, este foi o horizonte traçado pelo Encontro Nacional de Funcionários dos Bancos Privados de 2017, que aconteceu de 6 a 8 de junho, em São Paulo, para debater a atual conjuntura política e construir estratégia de enfrentamento para este ano.
Com a presença do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, junto à Faculdade 28 de Agosto, foi debatida reforma trabalhista, em especial para a categoria bancária. O uso da tecnologia pelos bancos e as consequências desta prática sobre o emprego e as relações de trabalho foi um dos pontos abordados. O levantamento do Dieese de 2017 aponta que os bancos investiram R$ 18 bilhões em novas tecnologias e, paralelo a isso, diminuiu drasticamente vagas no setor, com mais de 30 mil postos de trabalho cortados nos últimos anos, salários reduzidos e alta rotatividade.
Neste cenário, foi definida como estratégia da Campanha Nacional dos Bancários de 2017 a defesa do emprego a partir de um diálogo direto com a base. O encontro também apontou a importância da categoria, que historicamente demonstra sua capacidade de mobilização, aderir à Greve Geral próximo dia 30 de forma ainda mais intensa.
Para Wolney Soares, diretor do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, este encontro cumpre um papel organizativo muito importante para a categoria. “De um lado temos o governo diminuindo direito dos trabalhadores, retirando suas ferramentas de luta, diminuindo a força do Sindicato e das organizações. Do outro lado temos o avanço tecnológico, que está ajudando a acelerar o processo de extinção da classe. A nossa única possibilidade diante deste cenário é a luta”, pontuou.
Itaú
Em reuniões, divididos entre os GTs de Saúde e Condições de Trabalho e Tecnologia, os trabalhadores do Itaú produziram documentos com reinvindicações específicas e uma moção contra a Reforma Trabalhista.

Santander
A avaliação feita pelo grupo aponta que a redução de postos de trabalho, de salários e de direitos tem sido inversamente proporcional ao aumento da intensidade do trabalho, da pressão pelo cumprimento de metas e dos casos de doenças entre os funcionários.

Bradesco
Para os trabalhadores do Bradesco, emprego e saúde também foram as prioridades para a Campanha Nacional 2017. Ainda esteve em debate o aumento nos pedidos de demissões e nas homologações de demissões sem justa causa, desde a compra do HSBC.

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