Na manhã do dia 19, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região somou forças, juntamente com outros sindicatos, movimentos sociais e a população, ao ato nacional contra a aprovação da reforma da Previdência.
Em Conquista, a ação foi organizada pelo Fórum Sindical e Popular, espaço de unidade de ação de entidades de trabalhadores na cidade do qual o SEEB/VCR faz parte. A concentração aconteceu na Praça Barão do Rio Branco, de onde o protesto seguiu para a Praça Nove de Novembro, em direção ao terminal de ônibus da Av. Lauro de Freitas. “Temer aponta que pretende acabar com privilégios, só que, na verdade, os grandes privilegiados são as empresas com dívidas bilionárias e que recebem abono. Já foram concedidos desconto de até 80% nessas dívidas. Ele está acusando os trabalhadores, que já possuem salários desvalorizados, por um déficit na Previdência. Estamos aqui para denunciar esse crime contra a população brasileira”, pontua Diogo Moura, representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (ASSUFBA).
O governo Temer, aliado a banqueiros, grandes empresários, industriais e ao agronegócio, tem como prioridade a aprovação do projeto que dificulta o acesso da maioria da classe trabalhadora à Previdência Pública, inviabilizando as aposentadorias e outros benefícios. “Nosso interesse, com este ato, é esclarecer a população sobre o que está acontecendo em nosso país. O Planalto reforça a mentira, de que é necessária a reforma da Previdência, mas não existe esse déficit de endividamento do país em função da aposentadoria. Existe, sim, o interesse do governo, que representa os grandes empresários, em entregar a nossa Previdência Social para o setor bancário. Vários diretores de bancos privados já destacaram em entrevistas que é mais importante a reforma que a própria eleição. Então, percebemos que o interesse dessas mudanças não é ajudar a população, e sim jogar a conta para o trabalhador e beneficiar o empresariado. Não aceitaremos que, além de nos retirar o direito a aposentadoria, o governo entregue nossa Previdência para iniciativa privada”, destaca Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.
A votação da reforma estava prevista para esta semana, no entanto, com o início da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, foi suspensa. O Congresso está impedido, até o término ou a suspensão do decreto, de votar ou discutir qualquer medida que altere textos da Constituição Federal.
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