Em assembleia, realizada nesta quarta-feira (29), na sede do SEEB/VCR, os bancários de Vitória da Conquista e região deliberaram, por maioria de votos, pela aceitação da proposta da Fenaban. Em relação às negociações específicas, as proposições do Banco do Brasil e Caixa também foram aprovadas por maioria de votos, enquanto as do Banco do Nordeste foram ratificadas por unanimidade.
Após dez rodadas de negociações entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, iniciadas no dia 28 de junho, os bancos apresentaram uma proposta final à categoria no último sábado (25). Além de reajuste salarial de 5% (aumento real de 1,18% sobre uma inflação do INPC projetada em 3,78%), foram preservados todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, pagamento da primeira parcela da PLR no próximo dia 20 de setembro, acordo com validade de dois anos – com a manutenção de todos os direitos e a reposição total da inflação (INPC), mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 1º de setembro de 2019.
Os bancos também recuaram nas propostas que pretendiam tirar das bancárias em licença-maternidade o pagamento integral da PLR, divulgar ranking individual e excluir a previsão de insalubridade e periculosidade. Ainda foram garantidos avanços e os bancários terão direito a parcelar em até três vezes o adiantamento de férias que atualmente é descontado integralmente no mês posterior ao descanso e voltam a ter direito ao vale-transporte de 4% de desconto do salário-base. A proposta também assegurou a manutenção dos direitos da CCT para os hipersuficientes.
Para o bancário Ludson Queiroz, do BB/Belo Campo, apesar da categoria ter validado a proposição da Fenaban, a luta não pode arrefecer. “A Campanha Salarial desse ano aconteceu em um cenário adverso, tanto político, quanto econômico. As propostas não trouxeram muito avanço, mas, em contra partida, não tivemos muitos retrocessos. Mesmo com a aprovação, precisamos continuar na luta para que daqui a dois anos a gente consiga avançar”, considera.
“Lutamos e organizamos nossa categoria a partir de reuniões realizadas em todas as agências da base convocando para a mobilização por avanços e pela manutenção de direitos. A proposta da Fenaban não é a ideal: fomos pressionados para assinar um acordo de quatro anos, mas aprovamos um acordo de dois anos. A correlação de forças nessa negociação tem favorecido o governo golpista e os bancos, com a ameaça da terceirização e a retirada de direitos, prevista na reforma trabalhista. Apesar disso, conquistamos um acordo econômico com ganho acima da inflação”, avalia Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.